REUNIÃO COM A
SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO
Após muitas tentativas solicitando
audiência com o Prefeito e Secretários para discutirem a Pauta de
Reivindicações dos Trabalhadores Públicos Municipais, finalmente no dia 05 de
maio, a Comissão de Negociação eleita em Assembleia no SINTRAP, teve um
primeiro encontro com a Secretária de Educação, Profª Lucita, para discutir a
Pauta de Reivindicação dos Trabalhadores da Educação.
Nesta primeira reunião não houve
avanço acerca dos pontos considerados emergentes da Pauta de 2015, como o
cumprimento do 1/3 da Jornada do professor fora da sala de aula, o reajuste
real do vencimento do professor e redução do número de alunos por sala, pois segundo a Secretária depende de discussões com
o Prefeito. O SINTRAP aguarda que na próxima reunião haja definições concretas.
Outros pontos da Pauta também
dependem de discussão e deliberação com o Prefeito e outros pontos já estão em
andamento como construção e/ou reforma de escolas e aquisição de ônibus escolar
para que haja uma redução de despesas com alugueis. No mais, a Profª Lucita
assumiu o compromisso de buscar a resolução dos problemas que aflige todos os
trabalhadores da Educação o mais rápido possível.
A Comissão já previa que nesse
primeiro encontro não sairíamos com nada resolvido na prática, mas estamos em
alerta na espera dos outros encontros e chamamos a todos para estar juntos fortalecendo
a luta e continuarmos pressionando até que todos os pontos sejam atendidos.
Camaradas,
Enquanto não nos for permitido a humanização plena, portanto, a derrubada plena do opressor, precisamos estar cada vez mais unificados para continuarmos neutralizando, quanto possível, o arrancar de nossas vidas pelo opressor.
Eis apenas uma tentativas de reflexão que deve ser aprofundada por cada um de nós, para que saiamos mais fortalecidos desta batalha, para continuarmos avançando na construção desta fortaleza - SINTRAP - que neste momento de plena dominação do Capital sobre nossa classe, se coloca como uma das expressões mais avançadas de vanguarda que a classe conseguiu parir até agora.
Aqui se coloca o tamanho de nossa tarefa.
SINTRAP - UMA FORTALEZA NA LUTA POR UMA VIDA DIGNA
Uma nova velha batalha se aproxima para a categoria, vamos renovar a direção do nosso sindicato, tarefa nada pequena, seu tamanho é do tamanho do SINTRAP.
Um velho sábio já dizia, meça o seu tamanho na vida pelo tamanho do inimigo que enfrenta. Em Caxias, a importância do nosso sindicato está a altura desta afirmativa. O governo dos Coutinhos, não tem nenhuma dúvida quanto à importância de se anular o SINTRAP ou tê-lo a serviço de seus interesses. Somos - sem falsas modéstias - uma fortaleza que vem impedindo a piora da vida dos Trabalhadores Públicos Municipais de Caxias.
Infelizmente, a materialidade ainda não se colocou de forma favorável para garantirmos a mudança qualitativa em nossas vidas, entretanto fomos fundamentais para que a defesa da nossa dignidade, dos nossos direitos, mantivesse a chama da luta acesa.
Como bem sabemos, nos dias atuais a linha geral de gestão pessoal do serviço público é rebaixar custos, reduzindo direitos da maioria dos trabalhadores do Estado, e privilegiar alguns “comissionados coordenadores”, tudo para garantir um governo enxuto a serviço dos interesses privados, do empresariado, do lucro do capital. A orientação geral é: privatizar o que é estatal.
Como diz Marx, uma das condições sine qua non do Capital é invadir todas as esferas da vida. A política de privatização do público é a ordem do dia, em todo o país e por todos os governos, do federal ao municipal, do PT ao PSDB, para garantir a elevação dos lucros do Capital.
A recente destruição dos direitos dos Professores Estaduais do Maranhão, - achatamento salarial, reajuste abaixo do já rebaixado piso, retirada de ação judicial já ganha - só foi possível com o apoio sórdido da direção do SINPROESEMA. Pelo país afora muitos exemplos desse tipo poderiam ser citados, mas não é preciso. Sabemos o tamanho dessa ameaça.
O Sintrap é um alvo fundamental para o governo de todas as oligarquias locais. Vários dos projetos políticos em andamento consideram o resultado da nossa ação como elemento importante na conjuntura eleitoral e/ou para uma gestão “bem sucedida” de um prefeito em acordo com os interesses dominantes.
Essa condição, de um baluarte classista respeitado, é fruto de uma longa ação coletiva, de uma generosa herança de pequenas e grandes lutas que tem neste momento a sua importância medida, principalmente, pelo que marcamos na categoria: uma resistência coerente com os interesses da categoria, com os interesses da classe trabalhadora. A nossa música de luta deixou bem claro essa nossa trajetória: “com as bandeiras nas ruas, ninguém pode nos calar”, do nosso César Teixeira.
Neste momento estratégico, das eleições, de definição de uma nova composição para atender a exigência da gestão formal, mas que é necessária expressão da qualidade política mais avançada, dentro desta totalidade de desigual e combinado que forma a fortaleza SINTRAP, essa longa luta, essa herança, deve ser a nossa principal referência. O inimigo espera, torce pela nossa falha, pela nossa fraqueza com questões menores. Então, devemos ter o tamanho do que já construímos. Vamos reunir o que temos de melhor para enfrentar esses tempos duros; vamos reunir todos que lutaram com todas as suas possibilidades contra os interesses dominantes que querem impor a diminuição da nossa qualidade de vida.
Agora cabe a nós construir a melhor chapa. Com os melhores, os mais comprometidos, sabendo das diferenças pessoais correntes a serem assumidas, debatidas e superadas oportunamente. Neste momento, o principal é garantir o nosso baluarte tendo em vista os perigos que vêm do nosso inimigo. Ele é grande e nos mira, nós devemos ter o tamanho desse desafio!
Esta tarefa é de cada um e de todos nós.
Fraterno Abraço,
Nazaré
SOBRE OS PROGRAMAS EDUCACIONAIS
• É um roubo de nossos salários – o Governo Federal isenta os grandes capitalistas(banqueiros e empresários)de pagar impostos, os mesmos impostos que, além de outras funções, iriam compor uma fatia do FUNDEB. Assim, o montante do fundo reduz;
• Pacto com o diabo – para que nos conformemos com salários cada vez mais defasados e não irmos cobrar o que de fato nos é devido, aqueles capitalistas criam programas educacionais(exemplos: Trilhas, Formar em Rede e o da vez, PNAIC – Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa) para justificar a sonegação e compactuam com o Governo Federal que nos empurra goela abaixo usando de subterfúgios fazendo-nos acreditar que a educação vai mal por nossa culpa;
• Engodo – todos esses programas chegam até nós de forma vertical e bem estruturado mudando a nossa rotina no repasse de conteúdos em sala de aula. Então, deixamos de lado o que realmente importa para contribuirmos com a ilusão de que o aluno “aprende” no faz de conta. Alguém conhece uma escola particular que adere a esses programas?;
• Aumento da exploração – para nos adaptarmos aos programas em sala de aula temos que dispor de mais tempo para os planejamentos e aplicação das atividades, o que requer um aumento da carga de serviços. O PNAIC determina que, além do planejamento, haja a Formação. Como a Lei do 1/3 da jornada ainda não está implantada na maioria dos municípios, inclusive em Caxias, essa Formação obrigatoriamente tem que se estender para os sábados. Portanto, já está programado dois sábados por mês até o final do ano letivo aumentando assim mais 16h. O que era para ser reduzido, só aumentou. E não percebemos isso? Infelizmente não, estamos iludidos com uma bolsa cretina de R$ 200,00. É que ganhamos tão pouco que qualquer quantia que soma aos nossos salários não percebemos o quanto somos manipulados;
• Compromisso hipócrita – programas implantados, capitalistas posam de benfeitores da educação pública e Governo posa de compromissado com o filho do trabalhador. Ora, toda criança tem a capacidade de se alfabetizar a partir dos 06 anos de idade, desde que tenha condições ambientais e neuropsicológicas, é a realidade das escolas privadas. Nas escolas públicas não acontece assim por culpa do descaso dos governantes que não proporcionam nem ambientes favoráveis e nem condições para nós professores, sem contar as condições socioeconômicas em que vivem nossos alunos. Mediante essa situação o que podemos fazer? A resistência é a única alternativa. Resistir para que a Formação esteja inserida na jornada de 25h com a implantação do 1/3 da jornada; resistir para que o valor da bolsa chegue no mínimo ao valor da bolsa do orientador do programa que é R$ 700,00 já que houve a obrigatoriedade da adesão ao programa. Com a resistência em massa não podem nos punir, ao contrário, serão pressionados a atender as nossa necessidades, senão, como irão explicar o fracasso do programa se todos desistirem? E, ainda, resistir sempre para que tenhamos salários decentes e assim não precisarmos nos submeter em troca de míseras bolsas.
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